Gostava que toda a gente lesse este livro, 17 entrevistas e um poema,da MAria Flávia de Monsaraz, fundadora do Quiron - centro portugues de astrologia humanista e transpessoal.
Por isso estive a fazer cópia de excertos do livro. Enjoy.
Independente- Como é que a AStrologia responde aos problemas de cada um?
Maria Flávia- Cada um nasce com uma personalidade própria, fruto da sua herança evolutiva. NEsse sentido, um tema informa, não sobre o que a pessoa vai ser, isso depende do seu livre arbítrio, mas sobre quem uma pessoa foi. É a partir do que ela traz como conhecimento potencial que irá viver mais um ciclo de experiência e aprendizagem. Para prosseguir a sua Viagem através de novas oportunidades de Vida.
A Astrologia faz-nos ver cada vida humana como um projecto personalizado. Uma Vida é um Movimento com um objectivo preciso, único, individual. Deve chegar a um dado fim, a uma dada resposta pessoal. Quando se atinge a harmonização e a unificação das tensões que trazíamos ao nascer. Muitos não chegam lá. Não conseguem vencer os medos, as dificuldades, as inseguranças... Ficam aquém de quem poderiam ser. Morrem sem saber porque nasceram. Infelizmente é o comum das pessoas.
I.- Considera a sua AStrologia hermética?
M.F.- As pessoas chamam hermético ao que não percebem, esquecendo-se que Hermes TRimegisto, o pai da Alquimia, é a fonte do mais antigo conhecimento, o que há de mais rigoroso na Tradição esóterica do Ocidente. Hermético vem de Hermos, o que significa sábio e verdadeiro. Hoje as pessoas utilizam a palavra hermético como sinónimo de confuso ou não inteligivel.
Apercebi-me que a Linguagem Simbólica , tão abrangente e reveladora, é considerada Hermética, por não dizer coisas óbvias, a que se está habituado. O símbolo é sempre um Sinal que liga a uma outra dimensão. Faz a ponte entre o conhecido e o que não se conhece ainda. Todo o símbolo obriga a recriar o que é sugerido. Acorda em nós memórias que acrescentam algo nosso ao que está a ser revelado. A linguagem simbólica nunca diz coisas acabadas, obriga quem ouve a colaborar. Abre caminho, indica uma direcção, pode ser sempre algo mais.
Hoje é dificil para o comum das pessoas entrar nesta Linguagem, por se encontrarem Mental e Emocionalmente como que "congeladas", no desconhecimento da sua própria criatividade. Ignorantes da sua capacidade de recriar uma informação que lhes é proposta.
O simbolo dimensiona-nos com o Absoluto, sem nunca inteiramente o revelar. ACorda memórias Primordiais que nos devolvem a ORdem do Mundo. Por isso, apreender um símbolo requer um esforço de participação. É sempre muito fascinante quando se percebe que as respostas se encontram dentro de nós. É no mundo interior que o verdadeiro conhecimento se revela. Quem não entra nessa proposta de relação acha a linguagem Simbólica Hermética sinónimo de incompreensivel..
I.- Gostava que me explicasse o que é a AStrologia Kármica de uma forma simplificada...
M.F.- Antes de falar no que é Astrologia Karmica, prefiro lembrar uma frase Oriental que diz "Para que tudo mude é necessário que algo não mude. É preciso que haja um Centro Imutável para onde converge toda a Mutabilidade". Este Universo é Energético.
Para que haja Energia tem de haver Movimento. Ouso dizer que a unica realidade Imutável é algo de Eterno que nos habita, algo que somos, que sempre fomos e seremos, além do Espaço e do Tempo. O Centro Interior que sou, de passagem por este planeta, numa viagem de cinquenta a cem anos... Algo em mim que sempre permanece, atravessando os Tempos, de vida para vida, de experiência em experiÊncia... Não posso dizer quem fui, quem foi a minha Personalidade no passado. MAs posso afirmar que ao nascer trago muita experiÊncia adquirida. A convicção de que as pessoas não nascem do NAda vem da minha experiência astrológica. Não imponho a ninguem. Depois de interpretar centenas de temas, isso torna-se uma evidência. Todas as pessoas nascem com muita informação, ou melhor, nascem com toda a informação que se encontra num Horoscopo ou Tema de Nascimento.
Saturday, June 17, 2006
Acerca de amor e liberdade
Excertos seguintes retirados do livro 17 Entrevistas e um Poema, de MAria Flávia de Monsaraz, Editora Pergaminho, 1998.
"... Ser-se individual é ser-se fiel a si próprio, ao seu processo de individuação. Significa ser-se fiel á intenção evolutiva do mundo. Se nunca desistirmos de procurar em nós próprios a última verdade, acabamos sempre por encontrá-la e nos encontrar. Não podemos fazer concessões a ninguém. Urano, o planeta que nos chama á liberdade é implacável. Ninguém pode justificar-se dizendo: não sou livre porque alguém me impede de o ser.
O diálogo entre mim e a minha íntima opção de liberdade não tem intermediários, passa-se no silência da minha alma com a vida. Saturno, o planeta que se opõe a Urano, prende-nos ao passado, ensina-nos a segurança do tempo que acabou. Saturno sempre tem medo da liberdade, por isso age sobre o nosso psiquismo, transformando medos em virtudes. Isso é vísivel quando as pessoas, por exemplo, justificam a sua não liberdade porque os filhos ou os maridos precisam delas. Arranjam cinquenta mil esquemas e desculpas para não dizerem a si próprias que o apelo da verdade as assusta. Ir no sentido da liberdade é aceitar pagar um alto preço, o risco de não se saber onde o movimento nos conduz. É essa a verdadeira aventura individual. Só ela nos leva á maturidade amorosa. Não se pode amar sem ser livre."
pag. 68
"... Ser-se individual é ser-se fiel a si próprio, ao seu processo de individuação. Significa ser-se fiel á intenção evolutiva do mundo. Se nunca desistirmos de procurar em nós próprios a última verdade, acabamos sempre por encontrá-la e nos encontrar. Não podemos fazer concessões a ninguém. Urano, o planeta que nos chama á liberdade é implacável. Ninguém pode justificar-se dizendo: não sou livre porque alguém me impede de o ser.
O diálogo entre mim e a minha íntima opção de liberdade não tem intermediários, passa-se no silência da minha alma com a vida. Saturno, o planeta que se opõe a Urano, prende-nos ao passado, ensina-nos a segurança do tempo que acabou. Saturno sempre tem medo da liberdade, por isso age sobre o nosso psiquismo, transformando medos em virtudes. Isso é vísivel quando as pessoas, por exemplo, justificam a sua não liberdade porque os filhos ou os maridos precisam delas. Arranjam cinquenta mil esquemas e desculpas para não dizerem a si próprias que o apelo da verdade as assusta. Ir no sentido da liberdade é aceitar pagar um alto preço, o risco de não se saber onde o movimento nos conduz. É essa a verdadeira aventura individual. Só ela nos leva á maturidade amorosa. Não se pode amar sem ser livre."
pag. 68
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